As DLCs se tornaram um dos recursos mais comuns dos consoles das últimas duas gerações. Apesar disso, elas existem há muito tempo. Um bom exemplo disso é The Sims, que habitualmente lança novos conteúdos para serem adicionados ao jogo base. No PC, contudo, os downloadable content são chamados de expansões.
História das DLCs
Acredita-se que o conceito de DLC tenha surgido com Total Annihilation, em 1997. Era um jogo de tiro, em que o objetivo era eliminar o máximo de inimigos que pudesse. Nesse game de PC eram acrescentados mensalmente novos conteúdos. Na categoria console, o pioneiro foi o Dreamcast, mas sem muita qualidade. O termo só passou a ser amplamente utilizado com a chegada do Xbox. A Microsoft foi a primeira empresa das grandes do ramo a disponibilizar extras aos seus jogos. Halo 2 e Splinter Cell são alguns exemplos, tendo, na época, conteúdos adicionais em grande parte gratuitos pela Xbox Live. No Xbox 360 houve uma evolução em relação às políticas das DLCs. Elas passaram a ser vistas como uma oportunidade de negócios pela Microsoft. Isso acarretou na criação de um espaço dedicado inteiramente aos conteúdos adicionais na Xbox Live. Logo praticamente todos os extras dos jogos do Xbox deixaram de ser gratuitos. O grande boom das DLCs ocorreu com a entrada da Sony e da Nintendo nesse mercado. A partir desse momento os grandes jogos, os chamados jogos AAA, raramente deixaram de apresentar conteúdos extras pagos. Ainda assim, muitos downloadable contents hoje são gratuitos quando não representam grandes mudanças no jogo base.
Por que as empresas criam DLCs?
Em primeiro lugar por questões econômicas. Criar um jogo, mesmo não sendo AAA, não é nada barato. Isso envolve várias equipes de profissionais, que precisam ser pagos por seus trabalhos. Por isso o aspecto financeiro é um dos principais motivos para a criação de DLCs. Imagine The Witcher 3, que já vendeu mais de 20 milhões de cópias. Se cada uma das duas expansões vender o mesmo, os ganhos para a CD Projekt Red triplicam. Nesse sentido, vale muito a pena para as empresas oferecer DLCs pagas. Outra razão é manter os jogadores interessados nos jogos. Principalmente em games narrativos, como Horizon: Zero Dawn e todos da franquia Far Cry. Há novas missões e áreas do mapa para conhecer, o que assegura que os players continuem jogando por bastante tempo. Há casos em que o conteúdo adicional pode ser apenas roupas novas, skins ou demais cosméticos. Normalmente esse tipo de DLC é gratuito, mas há empresas que cobram por isso. Exemplo clássico são jogos esportivos, como FIFA e NBA, que cobram para os jogadores terem moedas do jogo.
As DLCs são o futuro dos jogos
Há uma piada muito famosa na comunidade gamer envolvendo a EA, empresa responsável pelo FIFA, que brinca com o fato de que todos seus jogos são cheios de DLCs. Muitos jogadores, aliás, odeiam a ideia de terem que pagar para terem acesso a “jogos completos”. Apesar disso, podemos afirmar que as DLCs são mesmo o futuro dos videogames. Esse é um mercado lucrativo para as produtoras e para as desenvolvedoras. Um modelo de negócio que funciona em cima da paixão dos usuários. Os próprios gamers ficam sempre na expectativa de saberem se determinado jogo terá algum tipo de conteúdo extra. Muitos se frustram quando não há DLC, caso do último God of War. Com a consolidação dos jogos narrativos e interativos, as DLCs parecem que vão reafirmar cada vez mais seu espaço. O que faz sentido: você finaliza a história principal, mas adiciona outras campanhas, personagens e missões. Como se fossem novos capítulos de um mesmo livro.
Críticas, no entanto, são pesadas
Como mencionamos acima, as críticas em relação ao atual modelo de negócios das DLCs existem e não são poucas. Vários jogadores acusam as empresas de pensarem apenas no dinheiro. Toda essa ideia de adquirir jogos “por partes”, aos poucos, incomoda, principalmente para quem não tem tantas condições financeiras. Há quem fale, ainda, que as desenvolvedoras deixam o melhor dos jogos para as DLCs. As críticas são pesadas principalmente em relação a jogos de luta, como Mortal Kombat e a jogos esportivos. Muitos reclamam que os lutadores, antes secretos, hoje são produtos. No caso dos jogos de esportes, os gamers pedem justamente o contrário: em vez de um jogo novo por ano, uma DLC ou atualização bastava.
Melhores DLCs dos videogames
As melhores DLCs do mundo dos jogos são aquelas que realmente acrescentaram algo novo aos seus jogos. E nesse caso poderíamos citar muitas! Veja abaixo algumas das mais top:
Left Behind (The Last of Us) Dragonborn, Dawnguard e Heathfire (Skyrim) Blood and Wine e Hearts of Stone (The Witcher 3) Lair of the Shadow (Mass Effect 2) Freedom Cry (Assassin’s Creed IV) Awakening (Dragon Age: Origins) Legacy of the Void (StarCraft 2) Undead Nightmare (Red Dead Redemption) The Last Crowns (Dark Souls II) Point Lookout (Fallout 3) The Old Hunters (Bloodborne)